Pará confirma primeiro caso de ‘fungo negro’ e transfere paciente para tratamento em São Paulo

Amostra de fungo em microscópio

O primeiro paciente diagnosticado com mucormicose associada à Covid-19 no Pará foi transferido para São Paulo nesta quinta-feira, 10. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou a informação à Jovem Pan. De acordo com a nota enviada pelo órgão, o primeiro caso da doença no Estado foi identificado através de um idoso morador do município de Santana do Araguaia, que estava internado no Hospital Regional de Conceição do Araguaia para tratar um quadro de Covid-19. Apresentando melhora dos sintomas, ele recebeu alta. No entanto, poucos dias após deixar o hospital, o estado de saúde do idoso piorou, o que o levou a procurar atendimento médico nas cidades de Araguaína e Palmas, localizadas em Tocantins. Nesta segunda internação, recebeu o diagnóstico de mucormicose e foi transferido para dar continuidade ao tratamento médico em São Paulo.

“Estamos investigando o caso para detectar o local provável de infecção. Além disso, realizamos ações de orientação junto aos profissionais do hospital relacionadas às medidas sanitárias necessárias para evitar a transmissão intra-hospitalar deste fungo”, completou a Sespa em nota. Este é o quarto caso de mucormicose relacionado à Covid-19 no país. Antes, a doença associada ao vírus havia sido detectada em Fortaleza, Natal e São Paulo. Em pacientes que não estavam infectados pela Covid-19, já foram notificados 15 casos de mucormicose.

Conhecida popularmente como “doença do fungo negro“, a mucormicose é uma doença infecciosa grave e rara provocada pelo fungo Rhizopus spp, que pode ser encontrado naturalmente no meio ambiente. Geralmente, estão mais propensas à infecção as pessoas com o sistema imunológico mais comprometido, como pacientes com Covid-19. Nestes casos, os infectados podem sentir fortes dores de cabeça, nariz entupido, febre, secreção nos olhos e, até mesmo, convulsões ou perda de consciência.


Fonte: Jovem Pan

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