A Bolívia decidiu prorrogar nesta sexta-feira, 9, as restrições à circulação na fronteira com o Brasil e outros países por mais uma semana como medida preventiva contra o risco de infecção de novas variantes do coronavírus. A iniciativa, que está em vigor há uma semana por decreto aprovado pelo governo do presidente Luis Arce, foi estendida até 16 de abril. Ele declarou em um comunicado conjunto publicado pelo Ministério da Saúde e o Ministério das Relações Exteriores que podem ocorrer novas extensões dependendo de avaliações epidemiológicas. Durante esse período, o tráfego fronteiriço estará disponível diariamente por até quatro horas em todas as cidades bolivianas com ligação com o Brasil, enquanto a fronteira com Peru, Chile, Argentina e Paraguai estará aberta por oito horas por dia. Além disso, as autoridades bolivianas providenciaram controles de imigração, identificação e aferição de temperatura corporal para identificar possíveis portadores da doença, além de testes laboratoriais a serem realizados para aqueles que apresentam sintomas de Covid-19.
Outras disposições apontam para campanhas especiais de vacinação na fronteira fora do plano e do cronograma vigente no restante do país. Também foram criadas brigadas médicas para vigilância e controle epidemiológico, de acordo com a nota oficial. Alguns dos episódios mais delicados estão sendo vividos pela população de Guayaramerín, na fronteira nordeste com o Brasil, devido à saturação de seus centros de saúde, à falta de medicamentos e oxigênio e ao aumento dos índices de letalidade, conforme divulgado em várias reportagens da imprensa local. A prefeita da cidade, Helen Gorayeb, teve que viajar para La Paz, sede dos poderes Executivo e Legislativo, para buscar apoio econômico para seu município, que já declarou um desastre sanitário e não tem condições de pagar as despesas médicas.
Fonte: Jovem Pan