Paralisação em SP usa nome dos caminhoneiros para interesses políticos, diz presidente da ANTB

As manifestações contra o retorno da Fase Vermelha no Estado de São Paulo acontecem em diferentes pontos da capital paulista

Os protestos dos caminhoneiros que acontecem nesta sexta-feira, 05, em diferentes pontos da capital paulista não representam uma defesa da categoria. A avaliação é do presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci. As manifestações pedem a saída do governador do Estado de São Paulo, João Doria, após anúncio do retorno da Fase Vermelha do Plano São Paulo,  a mais restritiva. No entanto, segundo Stringasci, essa não é uma pauta dos caminhoneiros, que, na avaliação dele, “não se envolvem com política” e não pedem a saída de prefeitos, governadores ou do presidente. “O caminhoneiro não se envolve com política, como a maioria dos brasileiros. Por não se envolver, não conhecer, muitos que têm um pouco de conhecimento tentam usar a categoria como massa de manobra. É o que está acontecendo hoje em São Paulo principalmente. Algumas lideranças que estão no movimento, a gente que tem interesses políticos”, disse em entrevista à Jovem Pan.

Para José Roberto Stringasci, além de se aproveitar da categoria de autônomos, o protesto desta sexta-feira também prejudica o avanço das reivindicações, como o fim do PPI, mudanças na política de preços dos combustíveis, piso do frete e uma reforma tributária. Os interesses da categoria são vários, porque a categoria é muito dividida, brasileiro pensa diferente um do outro. Mas as pautas da categoria, as reivindicações da categoria não estão pedindo fora Doria, não estão pedindo para derrubar governadores, derrubar presidente, a pauta é redução dos combustíveis, fim do PPI, piso mínimo do frete. É uma pauta aberta desde 2018, e agora no dia 1 do mês passado chamamos uma paralisação. A paralisação de agora é 99,9% mais política do que dos caminhoneiros.”


Fonte: Jovem Pan

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