Patriota aprova mudanças em estatuto e abre as portas para Bolsonaro e aliados

Presidente do Patriota, Adílson Barroso garantiu que, mesmo com as mudanças, "ninguém será abandonado"

O Patriota, partido que tenta abrigar o presidente Jair Bolsonaro, realizou uma nova convenção nesta segunda-feira, 14, e aprovou, mais uma vez, mudanças no estatuto. Apesar do resultado, uma ala da sigla contesta a votação e promete recorrer. Uma reunião semelhante já tinha sido realizada há duas semanas, mas as alterações aprovadas foram contestadas na Justiça. O grupo ligado ao vice-presidente do Patriota, Ovasco Resende, acusa o presidente do partido, Adilson Barroso, de promover uma manobra para atropelar demais dirigentes. O objetivo seria abrir espaço para abrigar na legenda aliados de Bolsonaro. Em uma tentativa de apaziguar a disputa, o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro, que se filiou em maio ao Patriota, disse que o pai não quer “cortar cabeças”, mas busca segurança jurídica. “Presidente Bolsonaro quer, ele já manifestou a intenção de vir para o Patriota. Agora quer vir com a segurança jurídica, com a tranquilidade de que ele não vai precisar se preocupar com a questão partidária. Ao contrário do que muita gente está achando, Bolsonaro não vem para cortar cabeça. Ele vem com a tranquilidade que não vai precisar e preocupar com isso”, afirmou.

O presidente do Patriota, Adílson Barroso, falou da possibilidade de crescimento do partido com a eventual filiação de Bolsonaro e garantiu que “ninguém será abandonado”. “Vamos votar para poder vir o presidente, vamos votar para mudar o estatuto como o presidente quer. Ninguém será abandonado. Nós não faremos mal a ninguém, nós ajustamos a parceria. Mas o presidente só vem se puder confiar no partido também”, disse. Se as alterações no estatuto forem confirmadas, o número de integrantes do diretório nacional do Patriota será ampliado. Isso permitiria acomodar o grupo político do presidente Bolsonaro, caso resolva se filiar. Entre as queixas da ala contrária às mudanças estão denúncias de supostas fraudes na realização da convenção e reclamações sobre a forma de convocação e falta de representatividade.


Fonte: Jovem Pan

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