Paula Fernandes vai diminuir o ritmo de shows após a pandemia: ‘Sucesso não é agenda lotada’

Paula Fernandes disse que a pandemia fez com que ela buscasse um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional

Depois de Juntos (e Shallow Now), a cantora Paula Fernandes escreveu uma versão bem brasileira da música Jingle Bell Rock e, claro, bombou nas redes sociais. Em tom de brincadeira, a artista ressaltou na música que o Natal brasileiro é bem diferente do que é visto nos filmes americanos. “Aqui não tem neve, não tem urso e o Papai Noel pode usar regata e ser meio tatuado”, brincou a sertaneja. Em entrevista à Jovem Pan, Paula deu detalhes de como está planejando seu Natal junto com a família judia do seu namorado, o empresário Rony Cecconello. A cantora também falou que aprendeu muito durante a pandemia causada pela Covid-19 e que os meses fora dos palcos a fez perceber que precisa desacelerar: “Para mim, a palavra sucesso hoje não é uma agenda lotada, sucesso para mim é ter uma vida equilibrada”. Passando mais tempo confinada, a dona do hit Pássaro de Fogo afirmou que está se saindo uma ótima dona de casa e que seu relacionamento só se fortaleceu nesse período. “O casal que sobrevive à pandemia sobrevive a qualquer coisa”, enfatizou. A artista também explicou por que decidiu congelar os óvulos, falou da experiência de levar o Grammy 2020 na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja e revelou seus planos e parceiras para 2021.

Confira a entrevista completa com Paula Fernandes:

Paula, como foi dar um toque brasileiro em uma música tão clássica como Jingle Bell Rock? A música foi um pedido para uma campanha de Natal. Eu quis fazer algo que fosse a minha cara e remetesse à brincadeira do Juntos e Shallow Now. Fui incumbida de fazer a versão nacional da música e passamos pelo menos 20 horas gravando o clipe. É uma canção que fala sobre o nosso Natal, porque ele é tão legal, animado e divertido, mas a gente acaba festejando um Natal que não é da gente. Aqui não tem neve, não tem urso e o Papai Noel pode usar regata e ser meio tatuado. Ah, e sempre sobra uma comidinha para as visitas (risos).

Falando em Natal, como você costuma comemorar a data? Quais são os planos para este ano? Eu vou passar com a família. Não sei se a minha mãe vai conseguir vir, porque ela teria que pegar um avião, e tem toda essa questão da pandemia, então ainda estou vendo isso. Na verdade, vou passar com a família do meu namorado e, embora eles sejam judeus, a gente sempre faz um jantar. Acho que o importante é a união, é a gente estar junto, celebrar a vida e a saúde que a gente tem, já que está todo mundo bem, graças a Deus.

Esse ano foi muito atípico e a pandemia fez o mundo desacelerar. Como foi esse período para você longe dos palcos? Eu já vinha refletindo bastante sobre o tempo, porque acredito que o tempo é o nosso maior patrimônio. Eu não tenho nada do que reclamar, considerando tudo o que eu vivi até agora, porque foi um tempo de muitas conquistas, mas acabei ficando muito tempo na estrada, convivia pouco com a família. Tudo tem seus prós e contras, eu não me arrependo de absolutamente nada, mas acredito que a pandemia aguçou mais a minha vontade de equilibrar vida pessoal com profissional. Sei que os shows em breve vão aparecer, as coisas devem voltar ao normal, eu preciso e quero voltar a trabalhar, não só por mim, mas por uma equipe inteira que vive do meu trabalho, mas quero voltar com equilíbrio para ter mais qualidade de vida.

Você estava vivendo uma rotina muito puxada? Eu cheguei a fazer dois shows em um dia só. Fiz 220 apresentações em 2011. Isso é humanamente impossível, então, para mim, a palavra sucesso hoje não é uma agenda lotada. Sucesso, para mim, é ter uma vida equilibrada, com um show impecável para os meus fãs.

Qual a maior lição que você tira dessa pandemia? Foi difícil, é doloroso ver tanta gente doente. Eu rezo e peço para que passe logo e que a gente tire um ensinamento disso, que a gente possa evoluir como ser humano e identificar quais são nossas verdadeiras prioridades. Eu sentia que tudo estava muito em cima do material, do dinheiro, as pessoas não estavam convivendo com a família, estavam sem amigos, sem afeto, sem emoções. Foi bom aproveitar esse momento para refletir a vida.


Fonte: Jovem Pan

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