O dólar vendido no mercado paralelo argentino, cotação conhecida como “azul”, atingiu a marca recorde de US$ 198 nesta quinta-feira, 28. Após o aumento de US$ 1 na abertura das negociações, o dólar azul voltou a marcar US$ 197. Apesar da queda, o valor nominal é o mais alto já registrado, segundo o jornal local La Nácion. O dólar “mayorista”, que tem seu valor calculado pelo Banco Central e é utilizado em operações no mercado, está em US $ 99,69. Com esses valores, a diferença entre o dólar azul e o mayorista está em 98%, o máximo registrado nos últimos 11 meses. O país vem enfrentando uma série de problemas econômicos. O Produto Interno Bruto (PIB) não cresce desde 2017. A pandemia derrubou o índice em 9,9% em 2020. A Argentina ainda tem uma dívida de quase US$ 43 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em meio a uma crise econômica e política, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, atribuiu a alta inflação no país à especulação de “patifes”. “A inflação não tem outra explicação a não ser a especulação de um grupo de patifes que querem aproveitar o momento para obter lucros em detrimento dos argentinos”, disse o chefe de Estado, de acordo com a EFE. A insatisfação da população com a economia argentina resultou em um enfraquecimento do governo de Fernández a partir das eleições primárias em setembro. Dos 24 distritos do país, os governistas ganharam em apenas seis deles.
Fonte: Jovem Pan