A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra três deputados federais do Partido Liberal, legenda do presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta sexta-feira, 11. A operação apura um esquema de desvio de emendas parlamentares para os municípios do interior do Estado do Maranhão e foi mantida em sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As buscas nas residências e locais de trabalho dos investigados foram autorizadas pelo ministro Ricardo Lewandowski. A PF não teve permissão para realizar diligências nos gabinetes parlamentares. A Procuradoria-Geral da República recorreu, mas o plenário do STF manteve a decisão de Lewandowski em sessão virtual.
Entre os alvos da operação está o parlamentar Josimar Maranhãozinho, do Maranhão, que comentou as diligências em suas redes sociais. “Na manhã de hoje ocorreu uma nova busca de documentos em minha residência. Seguimos contribuindo e colaborando com todas as averiguações sem medo e sem restrição. Vejo como uma demonstração de que nada foi encontrado das outras vezes e tampouco será”, escreveu o deputado em suas redes sociais. “Não consigo entender a espetacularização do ocorrido, que parece ter sido orquestrado para gerarem grande e rápida repercussão na imprensa regional e nacional. Por isso me pergunto se o objetivo é apenas denegrir minha imagem na tentativa de me tirar da disputa eleitoral”, questionou Maranhãozinho.
Os deputados federais Bosco Costa, de Sergipe, e Pastor Gil, do Maranhão, também foram alvos de busca e apreensão. Gil também comentou o caso. “O meu papel como cidadão e homem público sempre foi exercido com probidade, elevado interesse público e pautado pelos princípios cristãos. Jamais participei de nada que ferisse a legislação, os interesses do meu querido povo ou os meus princípios. Infelizmente, agora, isso foi colocado em cheque! Mas confio no trabalho da Justiça e confio ainda mais em Deus. E, por isso, tenho certeza que a improcedência dos fatos últimos desta sexta-feira serão absolutamente comprovada”, afirmou o parlamentar. O deputado Bosco Costa ainda não se manifestou sobre a operação.