A Polícia Federal (PF) intimou nesta terça-feira, 14, o presidente Jair Bolsonaro a depor sobre o vazamento de um inquérito sigiloso da organização sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No dia 29 de julho, o chefe do Executivo apresentou detalhes da investigação durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, na qual defendeu o voto impresso, usando dados do inquérito da PF para tentar desacreditar a urna eletrônica. Na época, Bolsonaro defendeu que a divulgação atendeu a interesses públicos. “O que está acontecendo? Ainda querem nos calar, me colocar em inquérito? Um inquérito que interessa para todos nós. Se interessa para todos nós, tem que ser público. Ia ficar escondido até quando esse inquérito lá dentro?”, questionou.
A investigação contra o presidente Bolsonaro foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do TSE. O deputado Filipe Barros (PSL-PR), que também estava na live, é outro alvo da investigação. Barros e o delegado da PF Victor Neves Feitosa Campos, que era o responsável pelo inquérito sobre o ataque ao TSE, já foram ouvidos – o delegado é suspeito de ter feito o vazamento para Bolsonaro e foi afastado da investigação, também por determinação de Moraes.