O assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo, disse, na manhã desta segunda-feira, 8, que a Pfizer irá entregar 14 milhões de doses do imunizante até o fim de junho. A declaração foi dada em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, após uma videoconferência do presidente Jair Bolsonaro com representantes da farmacêutica. O Brasil negocia a entrega de 99 milhões de doses até o final do ano e a expectativa é que o contrato seja assinado nos próximos dias. A vacina da Pfizer é a única que possui o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo Soligo, a Pfizer irá antecipar a entrega de um lote de cinco milhões de doses para os dois próximos meses. Este montante será somado aos nove milhões previstos no acordo inicial – dois milhões em maio e sete milhões em junho. O presidente da Pfizer garantiu ao presidente Bolsonaro a antecipação de 5 milhões do segundo semestre para maio e junho. Ou seja, dos 9 milhões que nós tínhamos previstos, se incorporarão mais 5 milhões de doses, passando para 14 milhões”, disse Airton Soligo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também afirmou na coletiva que a solução para o país é a vacinação em massa. “Todos nós sabemos que a solução para o Brasil é ‘vamos vacinar’, para manter a imunidade da população brasileira e permitir a preservação dos sinais vitais da economia. Saúde e economia andam juntas”, disse. Guedes também disse que o governo federal obteve “praticamente uma declaração de que o acordo está fechado” com a Pfizer. “Agora eles vão escrever, assinar”, complementou.
Como a Jovem Pan mostrou, na reunião com representantes da Pfizer e da Janssen, na quarta-feira, 3, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu exclusividade na venda de vacinas para a União. Na prática, isso afeta diretamente a negociação de Estados e municípios com as farmacêuticas. Na terça-feira, 2, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que pretende comprar 20 milhões de doses da vacina da Pfizer e 20 milhões de doses da russa Sputnik V – esta ainda busca a autorização da Anvisa para a aplicação emergencial.
Fonte: Jovem Pan