A polícia do Quênia prendeu na noite desta quinta-feira, 14, (horário local) Emmanuel Rotich, marido da atleta Agnes Jebet Tirop que foi encontrada morta em sua casa na quarta-feira. Ele é o principal suspeito de tê-la assassinado, a facadas, e estava foragido a dois dias. De acordo com o site Nation Sport, Rotich foi preso ao visitar um parente na cidade de Changmwe e esse parente foi quem deu a dica aos policiais de que receberia o suspeito. O caso de Tirop chocou o país e reacendeu a discussão sobre pena de morte para crimes hediondos. Tirop, de 25 anos, tinha quebrado o recorde mundial feminino de corrida dos 10 mil km no mês passado, em evento da Adidas na Alemanha. Seu tempo de 30:01 foi 28 segundos mais baixo do que o recorde anterior. “O Quênia perdeu uma joia que era uma das gigantes do atletismo em ascensão mais rápida no cenário internacional, graças a suas atuações atraentes na pista”, lamentou a Federação de Atletismo do país. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, também se manifestou sobre o caso.
“É perturbador, totalmente lamentável e muito triste termos perdido uma jovem e promissora atleta que, com uma idade de 25 anos, trouxe ao nosso país tantas glórias com suas façanhas no cenário do atletismo global. E ainda mais doloroso que Agnes, uma heroína queniana em todos os sentidos, tenha perdido dolorosamente sua vida por meio de um ato criminoso perpetuado por pessoas egoístas e covardes”, disse Kenyatta em sua passagem pelos EUA. Agnes conquistou nove medalhas em mundiais: duas de bronze nos 10 mil metros; duas no Mundial Júnior nos 5.000 metros e cinco no Mundial Cross Country (três ouros e duas pratas); e foi quarto lugar em Tóquio 2020 nos 5.000 metros.
Fonte: Jovem Pan