Política pública para autotestes deve focar em trazer preços atrativos, diz diretor da Anvisa

Gerente-geral da Anvisa, Gustavo Mendes, em entrevista ao Jornal da Manhã

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutirá nesta sexta-feira, 21, sobre o  uso de autotestes para a detecção da Covid-19 no Brasil — exame onde a coleta de material é feita pelo próprio paciente. Na última quarta-feira, 19, a autarquia adiou a decisão por entender que a política pública apresentada pelo  Ministério da Saúde era incompleta. A Anvisa, então, deliberou realização de novas diligências junto à pasta. A expectativa é que o uso dos autotestes seja aprovada na reunião desta sexta-feira, às 14h30, após a apresentação de novas informações pelo ministério. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, esclareceu a importância do adiamento da decisão.

“É importante deixar claro que a decisão dos diretores essa semana foi de que era fundamental que houvesse uma política no que diz respeito ao autotestes, porque a gente sabe que a Covid-19 é uma doença em que a notificação compulsória. É preciso mapear muito bem como essa doença está se comportando e se alastrando pelo país. Há uma preocupação, no caso dos autotestes, que aconteça eventuais subnotificações de casos”, explicou o gerente-geral. “Por isso que a decisão da Anvisa foi para que houvesse uma conversa mais aprofundada com o Ministério para que se pudesse, então, desenvolver uma política mais definida sobre como as pessoas vão adquirir esses autotestes, onde poderão ser comercializados, quais as orientações necessárias as pessoas realizarem os exames e notificarem adequadamente os resultados”, detalhou Mendes.


Fonte: Jovem Pan

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