A menos de um ano da eleição de 2022, aliados esperam que o presidente Jair Bolsonaro escolha seu novo partido ainda em 2021 – quem acompanha as tratativas afirma que a decisão será tomada nos próximos dias. Embora o mandatário do país possa esperar até março do ano que vem para selar o seu destino, parlamentares próximos ao chefe do Palácio do Planalto afirmam que precisam de tempo hábil para costurar arranjos regionais, definir palanques nos Estados e escolher candidatos para o próximo pleito. Como a Jovem Pan mostrou, duas legendas do Centrão disputam, de maneira acirrada, a filiação do chefe do Executivo federal: o Progressistas (PP), do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o Partido Liberal (PL), de Valdemar Costa Neto, preso no escândalo do Mensalão.
“Eu acredito que o mês de novembro é crucial. Fora a candidatura dele [Bolsonaro], há muitos ajustes para serem feitos. Nos Estados, tem que definir coligações, os candidatos aos Senado. Vai haver um movimento para abrigar os parlamentares que são fieis a ele. Essa pressa, digamos assim, não é tanto por ele, mas, sim, pensando nas candidaturas ao Senado e à Câmara. Precisa decidir logo”, disse à Jovem Pan o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), vice-líder do partido na Câmara e amigo pessoal do presidente da República há mais de 10 anos. “O presidente tem a tranquilidade de poder decidir mais para frente, mas para nós, como os partidos estão fazendo alianças locais, é importante que haja uma decisão mais cedo. O meu desejo é que ele decida o quanto antes, voltando de viagem [Bolsonaro está na Itália e deve voltar ao Brasil na quarta-feira, 3]. É muito importante que não haja estresse entre os partidos. Um vai perder essa disputa, mas os partidos são aliados”, afirma a deputada Bia Kicis (PSL-DF), que estuda migrar para o mesmo partido de Bolsonaro.
Fonte: Jovem Pan