Por que um diretor da Precisa Medicamentos virou um personagem chave da CPI da Covid-19

Apontado como diretor institucional da Precisa, Danilo Trento deve ser ouvido na quinta-feira, 23, pela CPI da Covid-19

Enquanto caminha para o seu final, a CPI da Covid-19 mantém em seu radar personagens ligados ao caso da tentativa de importação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, uma das principais linhas de investigação da comissão. Para a quinta-feira, 23, está previsto o depoimento de Danilo Trento, diretor da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a negociação feita pelo governo federal com a farmacêutica indiana Bharat Biotech. Na sexta-feira, 17, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à companhia. O principal objetivo dos senadores é ter acesso ao contrato original assinado entre Precisa e Bharat, mas, segundo apurou a Jovem Pan, há a expectativa de que documentos apreendidos possam auxiliar outras apurações dos membros da comissão.

Os senadores suspeitam que haja uma rede de quase 20 empresas, ligadas à Precisa Medicamentos, envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro. Duas delas chamam a atenção dos membros da comissão: a Barão Turismo e a Itapemirim Importação. A primeira executou voos de funcionários da Precisa para a Índia e, segundo informações em posse da CPI, recebeu aproximadamente R$ 4 milhões em um ano. A convocação do dono da Barão, Raphael Barão Otero de Abreu, foi aprovada no início de agosto, mas a oitiva não foi agendada até aqui. De acordo com um titular do colegiado ouvido pela reportagem, a segunda empresa, por sua vez, surgiu como uma videolocadora com sede no Estado de São Paulo e se transformou em uma companhia de importação e exportação na cidade de Ji Paraná, em Rondônia.


Fonte: Jovem Pan

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