O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), comentou, nesta sexta-feira, 23, a decisão da Bharat Biotech de romper o contrato com a Precisa Medicamentos, que intermediou a compra de 20 milhões de doses da Covaxin pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Em nota, o laboratório indiano afirmou que documentos enviados pela empresa brasileira ao Ministério da Saúde são falsos. “Uma coisa que deixa inidônea qualquer empresa é a falsificação de documento”, disse Aziz em mensagem enviada à Jovem Pan. Em razão do posicionamento da Bharat, a cúpula da comissão irá pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que reveja a decisão que garantiu ao dono da empresa, Francisco Maximiano, o direito de ficar em silêncio em seu depoimento. O empresário deve ser ouvido pelos parlamentares na primeira semana de agosto, após o recesso parlamentar – os trabalhos do colegiado serão retomados no dia 3 de agosto.
“É grave, gravíssimo. Essa empresa [Precisa Medicamentos] não terá mais nenhuma oportunidade de fazer licitação em lugar nenhum do Brasil. Isso, se comprovado, é um prejuízo muito grave para a empresa. A lei das licitações ou qualquer certame que exige preço, qualidade, uma coisa que deixa inidônea qualquer empresa é a falsificação de qualquer tipo de documento. Se você for perceber, comparando com o documento original, até o nome da Bharat está errado. É um negócio tão amador, mas tão amador”, afirma o presidente da CPI da Covid-19. “Não quero fazer juízo de valer, mas se praticou isso agora é porque já tinha o costume de praticar certas irregularidades. Isso é graças à CPI, porque senão os brasileiros estariam comendo gato por lebre”, acrescentou Omar Aziz.
Fonte: Jovem Pan