O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 16, por possíveis irregularidades na contratação de obras de engenharia referente à obra BRT Transoceânica Charitas-Engenho do Mato e contratos de publicidade efetuados pela prefeitura. A operação Transoceânica foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal. Cerca de 60 policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, em órgãos públicos, empresas e residências na cidade, na capital fluminense e em São Paulo. A operação foi classificada como “absurda” pela Prefeitura de Niterói.
Em nota à Jovem Pan, Neves esclarece que nunca foi ouvido ou convidado a prestar esclarecimentos sobre a operação. Segundo a prefeitura, nenhum objeto de valor foi apreendido na casa de Neves, apenas o seu telefone pessoal. “Apesar de não ter informações sobre do que se trata a ação, o prefeito esclarece que a Transoceânica e o túnel Charitas Cafubá foram concluídos há tempos, cumprindo o planejamento da obra e melhoraram muito a qualidade de vida dos niteroienses. A prestação de contas detalhada foi concluída e aprovada por órgãos de acompanhamento e financiamento, como a Caixa Econômica Federal”, diz assessoria. “O objetivo da ação sobre fatos ocorridos há muitos anos, sem que o prefeito jamais tenha sido ouvido, tem o claro objetivo de desgastar a administração e o prefeito que tem aprovação de mais de 85% da população e cujo sucessor obteve vitória retumbante no primeiro turno com 62% a 9%”, continua. O prefeito de Niterói repudiou o que chamou de “ações de perseguição política”. A nota diz que a ação é “abusiva”, “típica de regimes autoritários” e afirma que Neves vem sofrendo ataques e perseguições desde 2018. “O prefeito e sua defesa tomarão todas as medidas para identificar a origem desta perseguição política e responsabilizar os seus autores.” De acordo com a prefeitura, todas as informações sobre a obra estão disponíveis no Portal de Transparência.
Fonte: Jovem Pan