Prefeito de Ribeirão Preto explica fechamento do comércio após alta nas intubações por Covid-19

Em março, o município adotou uma quarentena ainda mais rígida do que a que vai ser adotada agora

O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, explicou sobre o fechamento de escolas, comércios e academias que vai acontecer no município entre os dias 27 de maio e 1º de junho na cidade do interior de São Paulo. Para ele, a decisão se fez necessária após o surgimento de novas variantes e do processo de contágio que aconteceu no Dia das Mães. “E também pelo comportamento de algumas pessoas, mesmo sendo minoria, de maneira inadequada. Temos pancadões, aglomerações, pessoas sem máscara. Isso acaba levando ao contágio da doença a pessoas mais vulneráveis ao impacto do vírus. Isso aumenta a sobrecarga tanto dos atendimentos quanto de intubação.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Nogueira disse que, nos últimos dias, o número de intubados na cidade de Ribeirão Preto chegou em 25 pessoas. “Chegamos a ter 315 leitos com mais de 300 ocupados. Isso nos apontou a recomendação de adotar essas medidas mais restritivas que as do Plano São Paulo“, completou. Ele chamou a atenção para o aumento da letalidade da Covid-19 em pessoas mais jovens. Segundo ele, os óbitos entre quem tem mais de 90 anos diminuíram 49,4% em relação ao ano passado. No mesmo período, as mortes em decorrência da doença caíram 38,4% entre quem tem de 80 a 89 anos. Na faixa etária de 70 a 79 anos, caiu 19,1%.

Já entre 60 e 69 anos os óbitos aumentaram 24,7%. Assim como entre 50 a 59, que subiu 82%. A maior alta das mortes em relação ao ano passado foi em quem tem entre 40 a 49 anos: 142%. “Estamos tendo gravidade e o nível de letalidade maior em faixas mais jovens, fruto da variante P1 que atingiu a região em larga escala, e agora atentos com a variante indiana que está no Maranhão”, disse o prefeito. Em março, o município adotou uma quarentena ainda mais rígida do que a que vai ser adotada agora. Duarte Nogueira avaliou que, na época, ela foi positiva o suficiente para reforçar o sistema de saúde — tanto na equipe, quantidade de equipamentos e capacidade de leitos. A cidade não tem riscos de falta de oxigênio e os estoques de remédios para intubação estão bem abastecidos.


Fonte: Jovem Pan

Comentários