O presidente do Chade, Idriss Déby, morreu nesta terça-feira, 20, em decorrência de ferimentos sofridos durante o final de semana, quando ele comandou uma operação do Exército contra rebeldes do norte do país. Autodenominado FACT (Frente para Mudança e Concórdia no Chade), o grupo foi formado por ex-oficiais desiludidos, que estavam acusando o presidente de repressão na corrida eleitoral. Um dos líderes mais antigos da África, Déby faleceu aos 68 anos depois de ter passado três décadas no poder, que ele conquistou em 1990 por meio de um levante armado. Grande aliado da França e outras potências ocidentais, ele fazia uso do seu treinamento como oficial militar para combater grupos jihadistas da região do Sahel. Antes do anúncio de sua morte, projeções eleitorais apontavam que ele conquistaria um sexto mandato, apesar do descontentamento crescente em relação à gestão dos recursos petrolíferos do Chade. Sua campanha estava baseada principalmente na promessa de trazer paz e segurança ao país. Pelos próximos 18 meses, a nação africana será governada por um conselho militar liderado pelo filho do falecido presidente, o general de 37 anos Mahamat Idriss Déby. A promessa é que, quando o período de transição terminar, serão feitas eleições livres e democráticas. As autoridades também declararam luto nacional de 14 dias e toque de recolher entre 18h e 5h, além de terem fechado todas as fronteiras aéreas e terrestres por tempo indeterminado.
Fonte: Jovem Pan