Presidente do México recebe 1ª dose da vacina de Oxford contra Covid-19

Ao contrário de outros países, o México nunca questionou a segurança imunizante da AstraZeneca, que está sendo relacionado com casos raros de trombose

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, recebeu nesta terça-feira, 20, a primeira dose da vacina contra a Covid-19 fabricada pela AstraZeneca e desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. O político, que testou positivo para a doença em janeiro, escolheu ser imunizado em frente às câmeras durante sua coletiva de imprensa diária no Palácio Nacional. “Não dói, mas também ajuda muito e protege a todos nós. Convido todos os idosos a se vacinarem. Não há risco”, afirmou López Obrador, de 67 anos, que tem hipertensão e é relutante em usar máscaras em público. Em seguida, o presidente se retirou para permanecer em observação por 30 minutos para possíveis efeitos adversos, como dores no local da injeção.

Desde que as primeiras doses chegaram ao México em dezembro do ano passado, o presidente disse que seria vacinado quando fosse a vez da sua faixa etária e criticou duramente as chamadas “vacinações VIP” em outros países. Com mais de 60 anos de idade e morador do centro da Cidade do México, López Obrador deveria receber sua primeira dose no final de março. No entanto, ele adiou a vacinação pois seus médicos lhe disseram que ele tinha “anticorpos suficientes” após o teste positivo em janeiro, período em que sua agenda pública ficou suspensa por duas semanas. Com mais de 212 mil mortes e 2,3 milhões de infecções confirmadas, o México é o terceiro país do mundo com o maior número de óbitos, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, e já aplicou 14,3 milhões de doses de diferentes vacinas: PfizerBioNTech, Sputnik V, Sinovac e CanSino, além da vacina de Oxford. Ao contrário de outros países, o México nunca questionou a segurança do imunizante da AstraZeneca, que tem sido aplicado normalmente no país em pessoas com mais de 60 anos de idade apesar do relato de casos de trombose em nações estrangeiras.


Fonte: Jovem Pan

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