Pressão do povo pelo voto impresso pode influenciar votação na Câmara, diz deputado

Para o deputado, o atual sistema eleitoral não é o melhor por 'oferecer segurança por obscuridade'

O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC), também presidente da comissão especial que discute a PEC do voto impresso, considera que a live feita pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 29, com críticas ao sistema eleitoral brasileiro dificilmente pode levar a um cenário favorável para aprovação da matéria no colegiado. Na visão do parlamentar, está claro a situação “foi contaminada pelo jogo político”. “A tendência era de que havia uma aprovação, porque esse assunto já foi debatido outras vezes. Não era algo novo no Congresso Nacional. Mas, hoje, o Brasil vive uma insanidade coletiva, politizasse tudo, o que importa é a tensão política. Em seguida, houve a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e acabou distorcendo a visão dos partido”, afirmou o deputado ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. Segundo ele, a previsão é que a votação da matéria aconteça na próxima quinta-feira, 4, na comissão especial.

Embora reconheça que os apontamentos de Bolsonaro não alterem a condição do colegiado na Câmara, Paulo Eduardo Martins acredita as manifestações marcadas para o próximo domingo podem influenciar no cenário. “Político sempre teme o povo, porque precisa do voto para chegar ao mandato, exercer e voltar ao mandato. Essa é uma pressão que pode vir a te influenciar em quem tem votos cuja base eleitoral vai estar envolvida nas manifestações. […] Dependendo do tamanho das manifestações talvez haja alguma influencia na vontade da comissão”, pontuou o parlamentar, que é favorável à mudança. “Não acredito que o melhor sistema seja esse. Ele oferece segurança por obscuridade, não consegue provar nada”, disse, ressaltando que critica a impossibilidade de recontagem dos votos “desde moleque”. “Não entendi porque abrir mão da hipótese de recontagem”, finalizou. Grupos de apoiadores da PEC do voto impresso convocam atos para este domingo, 1º. A previsão é que as manifestações aconteçam em diversas capitais brasileiras.


Fonte: Jovem Pan

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