Prioridade de vacinas para Manaus não é a melhor estratégia, avalia especialista

Cerca de 25% das vacinas transportadas no mundo são comprometidas devido à má gestão da temperatura

A estratégia de priorizar a vacinação em estados ou municípios que estão enfrentando colapso no sistema de saúde pode não ser a mais adequada. É o que afirmam especialistas na área. Na sexta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que Manaus terá prioridade nas doses da vacina de Oxford/AstraZeneca que chegaram ao Brasil. O infectologista e presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, destaca que a vacina é importante, mas que não resolve o problema de lugares como o Amazonas imediatamente.

“As vacinas vem para trazer algum impacto daqui, dois, três quatro meses. Você não vai modificar o curso da pandemia com as vacinas. E nem impactar a mortalidade com esse quantitativo. O que deveria ter sido feito em Manaus não são programas de prevenção, é assistência adequada.” Para o especialista, além da necessidade urgente de leitos e insumos para resolver casos como o de Manaus, também é necessário muito planejamento as futuras entregas de vacina. De acordo com relatório de 2019 da Associação Internacional de Transporte Aéreo, cerca de 25% das vacinas transportadas no mundo são comprometidas devido à má gestão da temperatura.


Fonte: Jovem Pan

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