O Procon de São Paulo ingressou na segunda-feira, 26, com uma ação civil pública contra as operadoras de planos de saúde, solicitando que elas apresentem informações que justifiquem os elevados reajustes dos planos coletivos. Fernando Capez, diretor-executivo da entidade pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que a pasta imponha um limite à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo Capez, as operadoras não estão sendo transparentes na divulgação dos custos que justifiquem os aumentos e que a ANS não tem exigido comprovação da elevação das despesas. “O Procon requisitou esses documentos, elas se recusaram a mostrar, foram autuadas, receberam multa de até R$ 10 milhões e mesmo assim continuam sonegando essas informações. O consumidor precisa saber quais foram esses custos que justificam reajuste de até 220% em alguns planos.
Aumento das despesas hospitalares gerou em torno de 4% a 5%, então o que está justificado um aumento tão elevado? É apenas lucro? O consumidor precisa saber, principalmente em uma época de pandemia, que cai o poder aquisitivo da população”, comentou Capez. A agência não interfere na definição dos preços dos planos coletivos, mas Capez sugere o teto de 8,14% de aumento, que é o patamar permitido pela ANS para os planos individuais ou familiares. As operadoras têm 30 dias para apresentarem justificativas sobre o impacto da queda da sinistralidade de 2020. A reportagem procurou o Ministério da Saúde para falar sobre o assunto, mas não teve retorno.
Fonte: Jovem Pan