A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou nesta quinta-feira, 10, em Varsóvia, na Polônia, que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se tornou “mais forte” e a Rússia “mais fraca” devido à invasão da Ucrânia pelas forças bélicas comandadas pelo presidente russo, Vladimir Putin. “A aliança da Otan é mais forte e a Rússia é mais fraca devido ao que Putin fez”, disse Harris. Ela participou de uma coletiva de imprensa ao lado do presidente da Polônia, Andrzej Duda, na qual falaram sobre o conflito no leste europeu. Ele, por sua vez, descreveu a ação dos russos como “barbárie com características de genocídio”.
Durante sua fala, Kamala Harris também falou de “atrocidades inimagináveis” das últimas 24 horas na Ucrânia, citando o bombardeio do hospital infantil em Mariupol. Ela também defendeu que as ações da Rússia sejam investigadas como crimes de guerra e destacou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos criou uma força-tarefa para realizar a investigação e as supostas “atividades criminosas” de “instituições e indivíduos” russos. A vice-presidente dos Estados Unidos ainda anunciou que seu país vai repassar US$ 50 bilhões à Ucrânia por meio do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Kamala Harris também confirmou nesta quinta que duas baterias de sistemas antimísseis Patriot foram instaladas na Polônia, além do envio de mais 4.700 soldados adicionais, além dos 5 mil que já estão no país regularmente. Segundo ela, o envio dos equipamentos e equipes é uma prova do “compromisso” de Washington com o país, que recebe a maioria dos refugiados da Ucrânia por causa da guerra, que, no total, já passam de 2 milhões. Diferentemente da Ucrânia, a Polônia faz parte da Otan e, em caso de agressão, é protegida por todos os outros países membro do grupo. Kamala ainda reiterou o compromisso dos EUA com o artigo 5 do tratado da Otan, sobre a defesa mútua de seus membros, e disse que “cada centímetro de território” da aliança será defendido. “Nós fornecemos apoio militar, humanitário e de segurança e este é um processo contínuo”, afirmou, recusando-se a entrar em detalhes sobre a possibilidade de uma possível entrega de caças para a Ucrânia.