No dia 17 de janeiro, começou a imunização contra a Covid-19 no Brasil. Atualmente, duas vacinas estão sendo aplicadas na população: a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e a da AstraZeneca, fabricada em conjunto com a Universidade de Oxford. No entanto, ainda restam muitas dúvidas sobre as vacinas contra o coronavírus. Uma das principais é referente ao tempo total de duração da imunidade. De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, ainda não é possível determinar o tempo total de proteção das vacinas que estão sendo utilizadas no país. “Essa informação, e isso vale para todas as vacinas, vem com a observação ao longo do tempo. Os fabricantes analisam desde o início da fase 3 de estudos até o tempo após a aplicação das doses. Sendo assim, não tem nenhuma vacina que esteja sendo aplicada por tanto tempo a ponto de dar uma informação final, categórica, sobre a duração da proteção oferecida pelo imunizante”, diz.
Em entrevista à Jovem Pan, a médica explica que o acompanhamento é feito com base na quantidade de anticorpos após a vacinação e pelo tempo de ocorrência da doença depois do indivíduo completar o esquema vacinal. “Então se aquelas pessoas que já foram vacinadas há um ano, dois anos, seis meses, seja o tempo que for, adoecerem, é porque houve uma queda na proteção”, exemplifica. Um estudo de observação publicado no New England Journal of Medicine aponta que a vacina da Moderna manteve os níveis de anticorpos após seis meses da aplicação. O ensaio clínico de fase 3 em andamento realizado pela Pfizer e pela BioNTech indica que a proteção do imunizante desenvolvido pelas empresas também dura pelo menos seis meses após a segunda dose.
Fonte: Jovem Pan