No fim da tarde desta sexta-feira, 20, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A apresentação veio uma semana após o presidente afirmar que pediria o impeachment do magistrado e de seu colega de Corte, Luís Roberto Barroso. Além disso, Bolsonaro levou o pedido ao Senado no mesmo dia em que Moraes determinou que o cantor e ex-deputado Sérgio Reis não pode se aproximar do Congresso e do STF após uma série de declarações. O pedido do impeachment do magistrado repercutiu nas redes sociais, com figuras políticas se manifestando contra e a favor da peça apresentada por Bolsonaro.
O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) foi um dos que criticou Bolsonaro, chamando o pedido de “desvario”. “Não há diálogo com quem só ambiciona o confronto. Obviamente o pedido não prosperará e tem meu voto antecipado: não”, continuou o senador. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) falou para o presidente ir “procurar o que fazer” e pediu para que ele não procure “mais problemas do que o nosso povo já tem”. O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que o presidente “usa o pedido de impeachment como instrumento recursal para contestar as decisões do ministro”, o que, em sua visão, é “incabível”. O deputado federal Carlos Jordy também se manifestou, mas se mostrou favorável à decisão, pedindo que “a justiça seja feita”. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “Bolsonaro tenta descredibilizar antecipadamente o sistema eleitoral e criar cortina de fumaça para o desastre de seu governo”.
Fonte: Jovem Pan