Raya, a nova princesa empoderada da Disney: essencial no atual momento da sociedade

Lina Mendes dublou a protagonista de "Raya e o Último Dragão", nova animação da Disney

Raya não é uma donzela indefesa e seu sonho não é encontrar um príncipe encantado. Assim como nas animações “Frozen” e “Moana”, “Raya e o Último Dragão” apresenta a história de uma jovem que foge do padrão das clássicas princesas da Disney. A atriz Lina Mendes, que dubla a protagonista no Brasil, contou que foi cativada pela força de Raya e por ela possuir características que geralmente são dadas a personagens masculinos. “Ela é uma guerreira que quer que o mundo seja salvo e mostra que a mulher poder ser o que ela quiser. Foi muito emocionante dar voz a essa personagem tão forte”, comentou a artista em entrevista à Jovem Pan. O filme estreou no Brasil no dia 4 de março, mas sua bilheteria foi prejudicada pela pandemia – principalmente com a volta da Fase Vermelha da quarentena em várias regiões do país. O título também está disponível no Disney+, mas para acessá-lo é preciso pagar um valor extra.

Após perder o pai, Raya se torna uma menina fechada e tem dificuldade em acreditar nas pessoas. Para Lina, isso torna a personagem complexa e interessante. Além de não ter uma história de amor como trama central, a atriz ressaltou que a figura feminina domina o filme e, diferentemente de outras animações do gênero, a animação não é um musical. “O filme é diferente de tudo o que se espera. Eu sou da geração de princesas da Disney, mas acho que a Raya já se tornou a minha princesa favorita, porque acredito que ela é essencial e necessária para o atual momento da sociedade”, afirmou Lina, que já possui uma carreira sólida no ramo da dublagem.

Dublagem como alternativa

O processo de dar voz a uma personagem foi definido por Lina como “complexo”, pois cada dublador faz isso sozinho. “Precisa ter uma base como atriz e não participamos de todos os processos. Basicamente, a gente escuta o áudio original no fone, o diretor dá uma prévia do filme, a gente assiste, ensaia para pegar a sincronização e depois gravamos. É um trabalho detalhista”, explicou a atriz, que entre suas dublagens favoritas está a da personagem Violeta, da animação “Os Incríveis”, e a da protagonista de “Coraline e o Mundo Secreto”. Com trabalhos no teatro e na ópera, Lina precisou se reinventar por causa da pandemia e, desde o ano passado, tem feito muitas dublagens em casa. “O ano de 2020 foi muito difícil. Continuei trabalhando com dublagem, fiz duas apresentações de lives e participei de algumas transmissões de concertos, mas tudo que era presencial foi cancelado”, disse a artista.


Fonte: Jovem Pan

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