Relator do Auxílio Brasil defende reajuste anual do benefício e ampliação das faixas de pobreza

Parlamentar de Minas Gerais já havia relatado o auxílio emergencial

Relator do Auxílio Brasil, programa social que irá substituir o Bolsa Família, o deputado federal Marcelo Aro (PP-MG) defende que o benefício seja anualmente reajustado pela inflação. O parlamentar mineiro também quer que as faixas de pobreza e extrema pobreza sejam ampliadas – hoje, é considerada em situação de extrema pobreza quem tem renda de até R$ 89 por pessoa da família e, em situação de pobreza, até R$ 178 por pessoa. Em entrevista à Jovem Pan, Aro diz estar em fase inicial de conversas com lideranças partidárias e membros do governo federal, ressalta que há uma distância entre o “texto ideal e o texto viável”, mas aponta qual deve ser um dos objetivos centrais da proposta: “Temos que buscar a transformação social. Precisamos de um programa que crie uma porta de saída para o cidadão. Ele é beneficiário, mas não quer ser para sempre. A ideia é sair um dia, e não ficar refém do Estado para o resto da vida”.

O parlamentar diz que a medida provisória (MP) do governo é “uma carta de boas intenções”, mas pondera que há lacunas que precisam ser preenchidas. “O texto não fala em números, não demonstra, de maneira objetiva e sólida, como será feita a transformação social através do Auxílio Brasil. Para admitirmos a mudança de nome de Bolsa Família pra Auxílio Brasil, precisamos ter a certeza de que de fato é uma proposta diferente do Bolsa Família. O aumento [do valor] do ticket, por si só, não é uma mudança de metodologia do programa social. Precisamos discutir de maneira mais clara o conceito, a fim de deixar claro à população que o Auxílio Brasil será diferente”, explica. Hoje, para entrar no Bolsa Família, é preciso estar no Cadastro Único ter atualizado os dados há menos de 24 meses, com informações preenchidas corretamente e sem pendências.


Fonte: Jovem Pan

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