Representante da Ucrânia no Brasil diz que Bolsonaro está mal informado sobre a invasão

Anatoliy Tkach cobrou medidas mais duras à Rússia

O encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, condenou as últimas falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele, “Bolsonaro está mal informado e talvez fosse interessante ele conversar com o presidente ucraniano para ter uma visão mais objetiva”. No domingo, 27, o presidente brasileiro disse que o Brasil deveria adotar uma posição neutra em relação ao conflito para não “trazer as consequência do embate para o país” e complementou dizendo que estaria havendo um exagero em falar em massacre o que está acontecendo na Ucrânia. Em resposta, Tkach disse que talvez eles devessem divulgar mais dados do que sobre as perdas civis da Ucrânia e finalizou dizendo que neste momento não se trata de apoiar a Ucrânia e sim a soberania e os valores democráticos.

No sábado, 26, Tkach já havia feito uma declaração onde pedia que o Brasil colocasse sanções mais duras contra a Rússia por causa da invasão à Ucrânia. Hoje, ele voltou a fazer o mesmo pedido: “gostariam de maior apoio e condenação por parte do Brasil à Rússia”. Durante sua fala, ele usou a Suíça como referência. O país sempre se colocou como neutro em questões como essa, mas informou nesta segunda-feira que adotou as sanções impostas pela União Europeia contra a Rússia. O encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil informou que pediu auxílio do Brasil com ajuda humanitária, mas que ainda não obteve nenhuma resposta.

Na entrevista coletiva, Anatoliy Tkach comentou como está a situação atual da Ucrânia e informou que já são mais de 2.400 civis, entre eles 45 crianças, 352 pessoas foram mortas. Ele também comentou sobre os ataques russo ao jardim de infância e orfanato e sobre os grupos de sabotagem que estão presentes na região e colocam pânico nos civis. Quando questionado sobre a primeira rodada de acordo que aconteceu hoje entre Rússia e Ucrânia, ele disse que “ainda não tem resposta, mas há pontos que podem ser discutidos”.


Fonte: Jovem Pan

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