O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, 18, a criação de um grupo de trabalho para monitorar a crise no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), marcada por denúncias de tentativas de interferências externas na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece no próximo domingo, 21. A avaliação é que o pedido de exoneração de 37 funcionários da entidade ‘não é normal’ e acende um alerta. “Normalmente, o servidor público quer exercer uma função comissionada. Agora, 37 [servidores] de uma vez só pediram exoneração da sua função gratificada, então deve ser algo muito extraordinário o que está acontecendo. Estamos tomando as providências, formamos um grupo no Senado, a Câmara formou outro. A senadora Leila Barros apresentou requerimento para que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria no Inep. Então estamos cercando por todos os lados para entender o que verdadeiramente está acontecendo para, de posse das informações, tomar as medidas que sejam cabíveis e necessárias”, disse o senador Marcelo Castro (MDB), presidente da Comissão de Educação.
Embora minimize as chances de problemas com a prova do vestibular, o parlamentar defende que seja feita uma investigação. “Algum risco, se tratando de atos humanos, sempre haverá. Mas acho que são mínimos, o foco não está nessa questão do risco que possa haver, acredito que as coisas transcorrerão normalmente. Mas precisamos de uma explicação, uma justificativa para que isso tenha acontecido. E proteger o Inep significa impedir que qualquer força exterior possa interferir no trabalho do Inep, que precisa ter toda autonomia para fazer o que sempre fez, os seus conteúdos sem interferência”, completou, destacando que a instituição é uma das “mais tradicionais, respeitadas e administradas no Brasil”.
Fonte: Jovem Pan