A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o pedido realizado pela Polícia Federal (PF) para prorrogar o inquérito sobre a suposta prevaricação cometida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. “Manifeste-se a Procuradoria-Geral da República sobre o pedido de prorrogação do prazo das investigações formulado pela autoridade policial. Com a manifestação, voltem conclusos”, solicitou Weber. A PGR deverá responder ao STF se concorda com a extensão do prazo ou se acredita que a PF já tem elementos para definir se houve crime ou não. A investigação foi iniciada em julho e tinha prazo inicial de 90 dias, que já acabou, mas a PF pediu mais 45 para a realização de ‘novas diligências’.
No inquérito, a PF tenta definir se Bolsonaro sabia de irregularidades na compra da vacina Covaxin e não tomou nenhuma ação para evitá-las ou para que fossem investigadas. O deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, disseram à CPI que informaram Bolsonaro sobre problemas no contrato, ao que teriam ouvido do presidente que PF seria comunicada – no entanto, a Polícia não foi notificada sobre o caso naquele momento, apenas quando os irmão vieram a público. A compra da Covaxin não foi acertada pelo governo federal diretamente com a fabricante, a empresa indiana Bharat Biotech, e sim com uma intermediária, a Precisa Medicamentos. O contrato foi cancelado posteriormente, por conta de fraudes em documentos apresentados pela Precisa.
Fonte: Jovem Pan