Rússia nega ‘categoricamente’ alegações de massacre contra civis em Bucha

Foto de uma das ruas de Bucha, publicada no Twitter pelo Conselheiro do Chefe do Gabinete da Presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolak

A Rússia rejeita todas as acusações de ter provocado um massacre contra civis na cidade de Bucha, perto de Kiev, afirmou nesta segunda-feira, 4, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. “Rejeitamos categoricamente todas as acusações”, declarou à imprensa antes de afirmar que funcionários do Ministério da Defesa russo encontraram sinais de “falsificações nos vídeos” e de “fakes” nas imagens apresentadas pelas autoridades da Ucrânia como provas de um massacre atribuído à Rússia. “Com base no que vimos, não é possível confiar nestas imagens de vídeo”, afirmou Peskov. Ele pediu aos líderes estrangeiros que não façam “acusações precipitadas” contra Moscou e “ao menos escutem os argumentos russos”. “A Rússia deseja e exige que isto seja objeto de discussões internacionais”, acrescentou.

Também nesta segunda, 4, a Rússia exigiu que uma sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) seja convocada novamente para discutir especificamente as acusações relacionadas aos cadáveres d de Bucha. Entretanto, de acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, a Grã-Bretanha, que atualmente preside o conselho, se recusou a dar consentimento para a realização de uma reunião. A Rússia refere-se ao massacre como “odiosas provocações” e afirma que foram cometidas pela Ucrânia para criar uma narrativa contra Moscou na imprensa internacional.

Na semana passada, a imprensa ucraniana divulgou um vídeo supostamente filmado na cidade de Bucha depois que o assentamento foi deixado por militares russos. Nas imagens publicadas, há diversos cadáveres de civis espalhados pelas ruas. Apontando sinais de falsidade das imagens, o Ministério da Defesa russo disse que nem um único morador de Bucha sofreu com as ações dos militares do país enquanto a cidade estava sob seu controle.


Fonte: Jovem Pan

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