Saiba como proteger os seus dados contra megavazamentos

Autoridades foram notificadas sobre segundo vazamento de dados em um mês

O maior vazamento de dados da história do país, que ocorreu no último mês, deixou os brasileiros em alerta ao expor 223 milhões de números de CPF (incluindo dados de pessoas falecidas), além de outras informações confidenciais como endereços, fotos de rosto, renda e demais dados financeiros, escolaridade, benefícios do INSS e cadastros em programas sociais, entre outros. Ainda foram liberados 104 milhões de registros de veículos e 40 milhões de CNPJs. Menos de um mês após a ação criminosa, nesta quarta-feira, 10, o laboratório de cibersegurança da PSafe notificou as autoridades sobre um novo incidente, que teria revelado informações relacionadas a mais de 100 milhões de contas de celular — o equivalente a quase metade da população do Brasil, estimada em 209,5 milhões de habitantes. Segundo a PSafe, o material carrega informações individuais dos cidadãos, como os minutos gastos com ligações, valores de faturas e informes sobre atrasos no pagamento de linhas. Incluindo os dois episódios de vazamento, as bases de dados confidenciais estão sendo comercializadas por criminosos em redes anônimas da “deep web“, uma camada da internet que não pode ser encontrada por buscadores como o Google.

Em entrevista à Jovem Pan, o advogado especialista em direito do consumidor, Marco Antônio Araújo Júnior, esclareceu como os cidadãos que tiveram seus dados vazados podem sentir as consequências no cotidiano. “Dados sensíveis das pessoas, como CPF, RG, título de eleitor, dados bancários, cartão de crédito, renda, score bancário e dívidas, estão disponíveis para acesso na ‘deepweb e na darkweb‘. Desta forma, quadrilhas de criminosos digitais podem praticar diversos golpes e colocar em risco a segurança dos cidadãos. Para além disso, mal-intencionados podem usar estas informações para abrir conta em bancos e tomar empréstimos em nome do consumidor, realizar compras na internet, mudar o número do telefone celular, invadir computadores pessoais ou, até mesmo, aplicar o golpe de pedir dinheiro emprestado em nome das vítimas nos aplicativos de comunicação”, disse. Já a Head da área de Proteção de Dados do Tauil & Chequer Advogados, Cristiane Manzueto, explicou que mesmo as pessoas que não foram vítimas do ataque devem “aumentar a preocupação com seus dados pessoais no ambiente digital, buscando novas medidas para se proteger de novos vazamentos“.


Fonte: Jovem Pan

Comentários