São Paulo assina com consultora para estudar abertura de SAF

São Paulo assina com consultora para estudar abertura de SAF

Após Cruzeiro e Botafogo, o São Paulo também pode entrar no modelo de gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na última quarta-feira, 9, o presidente Julio Casares anunciou que fechou com a consultora Alvarez & Marsal para estudar a possibilidade do Tricolor virar um clube-empresa. “Temos de fazer todas as ações conscientes do tamanho do São Paulo Futebol Clube. Hoje damos mais um importante passo em nossa gestão, sendo algo já planejado para este nosso segundo ano de gestão. É fundamental dentro dos processos do Clube termos parceiros, aliados e prestadores de serviço líderes de mercado como a Alvarez & Marsal”, disse o mandatário são-paulino.

Durante este processo, a análise feita pela empresa também poderá ser utilizada no estudo de separação do futebol e do social, algo previsto no estatuto do clube e que é pedido por parte da torcida. O Tricolor também montou uma comissão interna para analisar e avaliar todas as possibilidades. “Nosso trabalho inicial no clube é avaliar as oportunidades em que o São Paulo pode se beneficiar nesse novo cenário do esporte no país. Nosso objetivo é buscar alternativas que possam ser interessantes para o clube gerar mais valor. Acreditamos que este é o início de uma longa e bem sucedida parceria”, comentou Fred Luz, diretor da A&M Sportainment, área de esporte e entretenimento da consultoria Alvarez & Marsal. O resultado dos estudos e análise desse grupo deve ser entregue até novembro, para ser devidamente avaliado pelo seu Conselho de Administração.

Formulado pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a SAF no Brasil prevê que eventuais mudanças de nome, escudo, uniforme ou hino dos clubes só aconteçam mediante a concordância da associação que criou o clube-empresa – muitos torcedores temem que seus times percam a identidade com uma possível transição. Além disso, o projeto decreta que a SAF passa a ser responsável por contratações, acordos e salários de jogadores e funcionários – acordos comerciais também passam a ser de total responsabilidade da Sociedade Anônima do Futebol. Por fim, a lei permite que cada clube tenha seis anos, prorrogáveis por mais quatro, para quitar todas as suas dívidas nas áreas cível e trabalhista. Ronaldo, por exemplo, está atuando como um fiador para a dívida de cerca de R$ 1 bilhão do Cruzeiro, enquanto o mesmo acontecerá na relação do Botafogo com a Eagle Holding, empresa de John Textor (o estadunidense destinará, no mínimo, R$ 400 milhões).


Fonte: Jovem Pan

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