São Paulo bate recorde e vacina mais de 300 mil pessoas em um dia

Nesta sexta-feira, os 645 municípios começaram a vacinar os idosos a partir de 64 anos de idade

São Paulo bateu recorde diário de aplicações de vacina contra a Covid-19 no Estado nesta sexta-feira, 23, com 334.955 doses. O número representa 19,2% de todas as vacinas aplicadas no Brasil no dia de ontem. No total, segundo dados do Vacinômetro deste sábado, 24, disponibilizados às 14h, foram aplicadas 10.702.413 doses no Estado, sendo 6.939.327 em primeira e 3.763.086 em segunda. Isso representa aproximadamente 14% da população em primeira aplicação e 8% em segunda. Os imunizantes utilizados são a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e o da AstraZeneca, fabricado em conjunto com a Universidade de Oxford e a Fiocruz. Nesta sexta-feira, os 645 municípios começaram a vacinar os idosos a partir de 64 anos de idade. No próximo dia 29 de abril será a vez das pessoas com 63 anos, e no dia 6 daqueles que possuem 60, 61 e 62 anos.

Quem faz parte dos públicos-alvo da campanha pode realizar um pré-cadastro no site Vacina Já, que vai agilizar o momento da aplicação. O preenchimento do formulário leva de um a três minutos e economiza até 90% do tempo de atendimento nos postos de vacinação, pois os profissionais conseguem resgatar os dados pré-enviados. Esse cadastramento não é obrigatório, mas facilita a rotina das equipes da saúde e dos pacientes. Neste sábado, foi registrada uma queda de 21,8% de novos óbitos com relação a semana anterior. Os dados fechados da semana epidemiológica 16 mostram também redução de 15,7% no número de novos casos e de 6,8% de novas internações. Hoje são 2.827.833 casos e 92.548 óbitos desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 16.271 casos e 875 mortes.

Aumento nas mortes entre os mais jovens

Um reflexo da vacinação, segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), é a redução nos atestados de óbitos de idosos e o crescimento na emissão de documentos comprobatórios de morte para a população entre 20 e 59 anos. Segundo os dados contabilizados pelo Portal da Transparência do Registro Civil, as mortes de pessoas entre 90 e 99 anos reduziram em 70%; de pessoas entre 80 e 89 anos caíram 54%, e entre 70 e 79 anos, 3%. A população entre 60 e 69 anos apresentou um leve crescimento nas mortes. Em março de 2020, representavam em média 23% dos óbitos, passando para 27,4% na primeira quinzena de abril. Já entre os mais jovens, os falecimentos de pessoas entre 20 e 29 anos, que antes eram 0,8% do total por coronavírus no Estado, chegaram a 1,2% (crescimento de 40%); entre 30 e 39 anos subiram de 3% para 5% (aumento de 69%) e entre 50 e 59 anos, que era 12,3%, cresceram para 18,8%, acréscimo de 53%. A faixa etária de 40 a 49 anos é a mais afetada entre a população não idosa. Até janeiro de 2021, representava 5,4% dos óbitos pela doença; hoje, é 10,5% do total, um aumento de quase 100%.


Fonte: Jovem Pan

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