São Paulo registra 4 mortes de moradores de rua em madrugada mais fria do ano

Ainda não há um laudo oficial do IML afirmando se as mortes dessas pessoas foram em decorrência do frio

Pelo menos quatro moradores de rua morreram na madrugada mais fria do ano em São Paulo. De acordo com o Movimento Estadual da População em Situação de Rua, os óbitos aconteceram na região central da cidade e na Barra Funda, Zona Oeste. No entanto, ainda não há um laudo oficial do IML afirmando se as mortes dessas pessoas foram em decorrência do frio. Os termômetros chegaram a registrar 6º C na capital paulista. O Padre Júlio Lancelotti, coordenador da pastoral do Povo de Rua, ressalta que a situação por si só já é delicada e que, no inverno, se torna ainda pior. O sacerdote critica os abrigos e diz que os ambientes não são atrativos, por serem muito antiquados. “A única novidade que tem é que os de hoje tem tomada para carregador de celular. O resto, a estrutura é a mesma. Tudo é coletivo. Hora para entrar, para sair, comer, tomar banho, para isso, para aquilo. Então são sempre respostas de tutela, não são de autonomia”, afirmou, ressaltando também a importância do auxílio da população, fornecendo agasalhos, alimentos quentes e cobertores.

A Defensoria Pública de São Paulo encaminhou ofício à secretaria estadual de desenvolvimento social e à secretaria municipal de assistência e desenvolvimento social pedindo a adoção de medidas para auxiliar a população em situação de rua. O órgão pede a ampliação do número de vagas em abrigos e abertura de igrejas, hotéis, escolas e espaços públicos no geral, para receber essas pessoas. além da intensificação das abordagens sociais e suspensão de ações que retire pertences de moradores de rua. Nesta quarta-feira, 30, o governador João Doria anunciou que o Fundo Social São Paulo fará uma doação de 25 mil cobertores e 25 mil sacos térmicos. “Ao lado do prefeito Ricardo Nunes e da primeira dama da cidade de São Paulo começaremos a entregar para as pessoas em situação de rua na capital de São Paulo”, ressaltou. Em nota, o governo municipal disse que o clube esportivo Pelezão, com 140 vagas, está totalmente para receber as pessoas que aceitarem acolhimento proposto pelas equipes da operação baixas temperaturas.


Fonte: Jovem Pan

Comentários