Secretário-geral da Otan fala que Rússia planeja uma invasão total da Ucrânia

Jens Stoltenberg fala que entrada da Rússia nas regiões separatistas é a invasão de um país que já estava invadido.

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 22, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu que a Rússia escolha o caminho da diplomacia. A fala do secretário vem em um momento em que o Congresso russo acaba de aprovar o uso de tropas militares no exterior. Na entrevista, realizada antes do pronunciamento do presidente russo, Vladimir Putin, Stoltenberg condenou fortemente a Rússia e elogiou a Ucrânia por não revidar apesar das provocações russas, ele ainda disse que a Europa e a América do Norte estão unidas na Otan e comprometidas com a proteção mútua.

Para ele, o reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk é uma invasão de um país que já estava invadido, visto que desde 2014 existem operações disfarçadas na região, e o que tem acontecido agora é a entrada de mais tropas nas regiões separatistas. “O que temos é um país que já foi invadido e está sofrendo mais invasão. E isso é mais sério porque acontece além do reconhecimento sofrido por Donetsk e Lugansk”, declarou Stoltenberg, que também informou sobre a tensão na Europa e o receio de que a Rússia invada tudo, e não apenas duas regiões. “Vimos militares ficando em posição de ataque, e isso se torna uma situação muito perigosa”, falou o secretário sobre o aumento no número de tropas russas nas regiões separatistas.

Caso a Rússia realmente invada a Ucrânia, Stoltenberg deixa claro que os países ocidentais têm aumentado a presença nos estados bálticos. “Temos planos e forças disponíveis para aumentar ainda mais, se necessário. Queremos reprimir o conflito, queremos defender nossos aliados de qualquer tipo de ataque”, disse o secretário-geral da Otan, que reafirmou a gravidade da situação e pediu para a Rússia dar um passo para trás, pois ainda dá tempo de escolher a diplomacia. “Toda indicação é de que a Rússia continua planejando uma invasão de escala total da Ucrânia. Continuamos a pedir à Rússia que recue, nunca é tarde demais para não atacar”, finalizou o secretário-geral da Otan.


Fonte: Jovem Pan

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