Sem definir nomes para comando da Petrobras, governo estuda adiar votação do Conselho

Logo da Petrobras escrito em azul em uma plataforma da estatal

Depois da desistência de Adriano Pires em ocupar o cargo de presidente da Petrobras, o governo corre contra o tempo para encontrar um nome de consenso para comandar a estatal brasileira, já que no próximo dia 13 de abril deverá ocorrer a assembleia de acionistas, com a votação do Conselho de Administração, órgão máximo da petroleira. No entanto, para ganhar tempo, o governo já estaria pensando em retirar da pauta da assembleia essa votação, deixando-o focado na análise da prestação de contas. Outra possibilidade seria pedir que o atual presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, continue por mais 30 dias no cargo. As duas alternativas encontradas pelo governo federal foram pensadas para driblar a falta de tempo para encontrar os indicados, nome de consenso.

Na última terça-feira, 5, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se encontrou com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tratar da sucessão da Petrobras. O chefe da pasta afirmou que o governo não está procurando, neste momento, nomes, mas perfis para o comando da Petrobras. Apesar disso, alguns nomes começam a ganhar força para a sucessão de Joaquim Silva e Luna, o principal deles é o de Délcio Oddone, que já trabalhou na empresa e hoje está numa petroleira privada. Oddone já foi também diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Outro nome que ganha bastante força é de Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do Ministério da Economia. Esse segundo nome teria aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.

De certa forma, a indicação do nome para presidir a Petrobras gera uma queda de braço nos bastidores da política entre o Ministério de Minas e Energia, que teria em tese a prerrogativa de indicar o nome do futuro presidente da Petrobras, e o Ministério da Economia. No passado, coube a Paulo Guedes indicar o nome de um outro presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, que ficou cerca de um ano no cargo, até se desgastar com o Palácio do Planalto e o presidente Jair Bolsonaro por conta da política de preços da estatal brasileira. No final de semana passado, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, disse que não queria mais ser presidente do conselho de administração da Petrobras. Na última segunda foi a vez de Adriano Pires declarar que não tinha condição de ser o futuro presidente da estatal. Ambos foram indicados pelo governo federal.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga


Fonte: Jovem Pan

Comentários