Avesso às políticas imigratórias do governo de Joe Biden, o senador republicano Lindsey Graham afirmou em entrevista ao canal conservador Fox News na última terça-feira, 12, que testemunhou milhares de brasileiros no ponto de controle de Yuma, na fronteira do México com os Estados Unidos, trajando roupas de marca e cruzando a fronteira após passarem pelo país latino da América do Norte. “Tivemos 40 mil brasileiros só no posto de Yuma a caminho de Connecticut com roupas de marca e bolsas Gucci. Isso não é mais uma imigração econômica. As pessoas tiram vantagem de nós. Não vai demorar muito para que um terrorista se misture à multidão”, disse o político. Ele visitou o posto de controle nas últimas semanas e conversou com agentes da patrulha no local, que detiveram um grande número de brasileiros, venezuelanos e cubanos.
A repercussão do assunto após a fala ao canal conservador fez com que o político usasse as redes sociais para reforçar seu discurso. “Eu vi em primeira mão dezenas de brasileiros – bem vestidos e com bagagens caras – usando vistos de turistas para Cancun e outras regiões. De lá, eles pegam aviões, ônibus e carros para a fronteira do México com os EUA para ‘se entregar’. Ao contrário dos que viajam por semanas, a bagagem e aparência desses brasileiros é de quem simplesmente está fazendo checkin em um hotel. Esse é um flagrante do abuso do nosso sistema de imigração”, reiterou na quarta-feira. Ele também afirmou que o governo brasileiro se recusa a aceitar os imigrantes de volta e disse que os guardas da fronteira trabalham como “porteiros” para os cidadãos latinos de classe média. Apesar das acusações, o senador não apresentou qualquer prova que mostrasse os brasileiros trajando roupas e bagagens de marca na fronteira.
Fonte: Jovem Pan