O maior grupo de senadores que compõem a CPI da Covid-19 fez a articulação para que ocorra a elaboração de um pedido de impeachment. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) será o responsável por unir o grupo de juristas. Já houve movimentações semelhantes este ano. Em setembro, um grupo encabeçado por Miguel Reale Júnior, entregou à CPI um estudo sobre crimes que teriam sido cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro na pandemia. Antes disso, no mês de junho, outros juristas fizeram o que foi chamado de “superpedido” de impedimento, assinado por políticos e membros da sociedade civil. Segundo a Câmara, até setembro foram registrados 131 pedidos contra o Bolsonaro. No Twitter, Renan Calheiros reforçou que Jair Bolsonaro é responsável pelas mortes de mais de 600 mil brasileiros e que terá de pagar por elas na justiça dos homens e de Deus.
Em entrevista à Jovem Pan, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) voltou a repudiar o relatório final do trabalho. “Isso é uma mancha que fica na CPI, que só quis ser uma peça, um instrumento de vingança política que chegou ao ponto de vingança pessoal. Nada com ódio, nada com raiva será feito com a razão, sem emoção. Acho que isso faltou na CPI esse bom senso. Técnica ao invés de pirotecnia”, argumentou. Ainda há novidades sobre o relatório final da CPI. Isso porque os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga, líder do MDB no Senado, cobraram e devem conseguir incluir no texto o governador amazonense Wilson Lima e o ex-secretário de Saúde do Estado Marcellus Campêlo. Há quem aponte que a sugestão de indiciamento tem caráter político, pois Lima já é réu no STJ.
Fonte: Jovem Pan