Senadores vão pedir o impeachment de Ernesto Araújo

Documento está sendo elaborado pelos senadores Alessandro Vieira, Leila Barros e Randolfe Rodrigues

Em meio à crise envolvendo o Ministério das Relações Exteriores, senadores preparam um pedido de impeachment de Ernesto Araújo que será protocolado na tarde desta segunda na Câmara dos Deputados – Casa que detém a prerrogativa de analisar o impedimento de ministros de Estado. O documento está sendo elaborado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Leila Barros (PSB-DF) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A pressão pela saída de Ernesto Araújo, que já havia sido acentuado no decorrer da última semana, se tornou ainda maior neste domingo, 28. Em seu perfil no Twitter, o chanceler insinuou que estaria na mira do Congresso por causa da tecnologia 5G. Em uma série de dois tuítes, ele relatou uma conversa privada com a senadora Kátia Abreu (PP-TO), na qual a parlamentar teria pedido “um gesto” em favor da tecnologia.

“Em 4/3 recebi a Senadora Kátia Abreu para almoçar no MRE. Conversa cortês. Pouco ou nada falou de vacinas. No final, à mesa, disse: ‘Ministro, se o senhor fizer um gesto em relação ao 5G, será o rei do Senado’. Não fiz gesto algum. Desconsiderei a sugestão inclusive porque o tema 5G depende do Ministério das Comunicações e do próprio Presidente da República, a quem compete a decisão última na matéria”, diz os posts. A publicação teve repercussão imediata. Em nota divulgada à imprensa, Abreu, que preside a Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, chamou o chefe do Itamaraty de “marginal” e afirmou que o ministro resumiu “três horas de um encontro institucional a um tuíte que falta com a verdade” e fez coro por sua demissão. “O Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal. Alguém que insiste em viver à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições. Alguém que agride gratuitamente e desnecessariamente a Comissão de Relações Exteriores e o Senado Federal”, diz o texto.


Fonte: Jovem Pan

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