A Justiça de Nova Jersey, nos Estados Unidos, condenou a 160 anos de prisão na última terça-feira, 6, um homem de 25 anos suspeito de usar aplicativos de relacionamento para atrair e matar mulheres estranguladas. Classificado como “serial killer” por analistas forenses, Khalil Wheeler-Weaver teria matado três mulheres e tentado assassinar uma quarta em encontros no Norte do Estado norte-americano entre setembro e dezembro de 2016. Ele foi descoberto quando a amiga de uma das vítimas se passou por “isca” com ajuda da polícia e marcou um encontro com ele. “O acusado acreditava que as vítimas eram descartáveis. Elas eram mortas e ele seguia com o dia dele como se nada tivesse acontecido, mas a vida de cada uma dessas mulheres importa”, afirmou o promotor-assistente do caso, Adam Wells, perante o júri.
Segundo ele, o suspeito cometia os crimes com semanas de diferença, o que fazia com que ele tivesse tempo de contemplar as suas ações antes de cometer outro assassinato. Familiares das vítimas e a mulher que sobreviveu ao ataque de Khalil também falaram diante do júri. Tiffany Taylor, que conseguiu fugir do criminoso, deu detalhes do ataque e falou como o crime mudou a vida dela. “Eu não uso mais maquiagem, não tenho amigos e estou sempre paranoica. Mesmo assim, estou feliz de estar aqui”, afirmou. Ela pediu que o juiz não demonstrasse qualquer remorso, já que o suspeito não parecia culpado pelos assassinatos cometidos.
Ao se dirigir ao juiz, identificado pela imprensa internacional apenas como “Mark S.”, Kalil afirmou que era inocente e foi vítima de uma armação. A mãe, tia e irmão do suspeito estavam presentes no local, mas não falaram com a Justiça. A primeira vítima de Wheeler foi uma jovem de 19 anos da Filadélfia, que foi vista por testemunhas entrando no carro do acusado no dia 31 de agosto de 2016 e foi morta poucas horas depois, tendo o corpo abandonado em uma casa próxima à do suspeito e incendiada em seguida. O corpo dela demorou duas semanas para ser identificado. Cerca de um mês depois, a segunda vítima do suspeito foi uma mulher de 33 anos que também teve o corpo abandonado em uma casa e encontrado após seis semanas. A terceira vítima desapareceu no dia de Ação de Graças de 2016, no mês de novembro. Todas tinham marcas de estrangulamento feitas pelas próprias roupas.
Fonte: Jovem Pan