Uma pesquisa feita com base em dados do Ministério da Saúde mostra que o Brasil só conseguiu vacinar até agora um terço das pessoas que integram grupos classificados como prioritários no combate à Covid-19. Os especialistas da Rede de Pesquisa Solidária dizem que apenas 56% dos profissionais de saúde, 54% das pessoas com mais de 80 anos de idade e 55% dos indígenas conseguiram receber a primeira dose até agora. Por outro lado, a primeira cidade brasileira a vacinar em massa contra a Covid-19, Serrana – no interior paulista – encerrou neste domingo, 14, a primeira fase da campanha. O objetivo do projeto é entender como a imunização acontece em populações inteiras e se, com isso, é possível frear a contaminação pelo coronavírus e, dessa maneira, entender se a vacinação é eficaz para conter o número de casos e mortes pela doença.
Desde o dia 17 de fevereiro, quando teve início a vacinação do Projeto S, 26.144 moradores dos 28.380 inscritos foram imunizados, o que corresponde a 92,1% do público-alvo. Segundo a Secretaria de Saúde, a aplicação da segunda dose está prevista para começar na próxima semana e seguir até o fim de abril. O especialista em vacinas e doenças infecciosas Oscar Bruna-Romero explica que, além da vacinação, os cientistas seguem analisando o comportamento dos imunizantes para garantir eficácia frente às variantes que estão surgindo. “Se não fosse por essas detecções que estamos tendo agora, nós chegaríamos a invalidar a nossa vacina completamente. Como estamos detectando o que está acontecendo e estamos comunicando isso para os fabricantes da vacina, eles já estão conseguindo pensar em soluções. Então de uma forma ou outra é muito bom ter vacinas diferentes e vários fabricantes delas porque eles conseguem se adaptar para novos vírus e os problemas que venham a surgir”, afirma. A Prefeitura de São Paulo começa nesta segunda-feira, 15, a vacinação de idosos com idade entre 75 e 76 anos. As vacinas serão aplicadas nas 468 unidades básicas de saúde, nos 17 drive-thrus espalhados pela cidade, nos três centros-escolas e nos 17 serviços de assistência especializada da capital.
Fonte: Jovem Pan