Simone Tebet diz que permanece no MDB se ‘ainda encontrar uma identidade no partido’

Simone Tebet disputou a presidência do Senado Federal com Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

Simone Tebet (MDB-MS) concorreu à presidência do Senado Federal, mas perdeu a disputa para o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) após uma debandada da bancada do partido. A parlamentar, que saiu com candidatura avulsa, afirmou que eleição não foi equilibrada. “Eu não tive cargos externos sendo distribuídos ao meu favor. Não tive emendas extra-orçamentárias sendo distribuídas. No final do ano, foram 3 bilhões de emendas extra-orçamentárias distribuídas para parlamentares. Então, realmente, não foi uma disputa com equilíbrio de forças”, justificou a senadora em entrevista ao Jornal da Manhã. Depois de ser escolhida por unanimidade pelo MDB, a candidata foi preterida por correligionários. Apesar disso, Simone ainda vê sua permanência na legenda como uma possibilidade. “O MDB que eu acredito, o MDB histórico de Ulisses Guimarães, é um MDB que nos momentos de maiores crises sempre foi uma ponte de equilíbrio capaz de abrigar, como o maior partido de centro do Brasil, diferentes correntes ideológicas”, diz. A senadora contou que irá se reunir com o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), presidente nacional do MDB, para entender o papel do MDB no cenário de crise que o país se encontra em decorrência da pandemia do coronavírus. “Se eu ainda encontrar uma identidade no partido, eu permaneço no MDB. Do contrário, obviamente não dá para permanecer em um partido que já não tem a mesma identidade não só ideológica, mas de pensamento, de país.”

Ela afirma que, apesar da derrota, sua postura como senadora não mudou. “Eu tenho um mandato há seis anos e nesses seis anos, independentemente do governo, eu tenho procurado sempre ser uma parlamentar independente na defesa dos interesses do país. Aquilo que eu entendo que é excesso, que não atende aos interesses da população brasileira, terá não só meu voto contra, mas a minha voz contundente. Não foi por outra razão que eu me lancei candidata à Presidência do Senado”, explicou. Para a MDBista, a eleição já passou e o foco deve ser em unir a casa em defesa de dois pontos emergenciais: a vacinação em massa e a volta do auxílio emergencial. “Tão grave quanto a falta de vacina, é a falta de comida na mesa dos brasileiros”, considerou.


Fonte: Jovem Pan

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