Sucessão de Maia na Câmara causa divisão interna no PSB

Na sexta-feira, 18, PSB foi um dos partidos que anunciou adesão ao bloco de Maia, formado pensando na eleição de fevereiro de 2021

Na sexta-feira, 18, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou a expansão de seu bloco, formado pensando na eleição para a presidência da Casa, marcada para fevereiro de 2021. Além dos partidos de centro e centro-direita, como DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania e PV, passaram a integrar o grupo do parlamentar os partidos de esquerda, como PT, PCdoB, PDT, Rede e PSB. O último, porém, vive uma crise interna, causada pela decisão da legenda em se unir ao atual comandante da Câmara. Deputados federais ouvidos pela Jovem Pan afirmam que não houve consulta prévia e cobram da direção do partido uma nova reunião para debater o assunto.

A cisão interna não é uma novidade no PSB. Como a Jovem Pan mostrou, em uma reunião virtual, na quarta-feira, 9, a bancada do PSB aprovou um indicativo de apoio a Arthur Lira, líder do PP na Câmara e candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro – dos 31 deputados, 18 manifestaram apoio ao líder do Centrão. Na sexta-feira, 11, porém, o Diretório Nacional do partido decidiu, por unanimidade, não endossar o nome de Lira. Naquela ocasião, a bancada já se mostrava dividida. Um dos parlamentares que se posicionou a favor de Lira avalia que, dos nomes colocados ou cogitados, todos possuem alguma relação com o Palácio do Planalto. “O MDB tem dois líderes, o do Senado e do Congresso. O DEM tem ministérios importantes, como o da Agricultura. O deputado Aguinaldo Ribeiro [PP-PB] é líder da maioria. Pastor Marcos Ribeiro é do Republicanos, onde estão os filhos do Bolsonaro”, disse. Presidente nacional do MDB, Baleia Rossi é um dos nomes favoritos de Rodrigo Maia, ao lado de Aguinaldo Ribeiro. Vice-presidente da Câmara, o deputado federal Marcos Pereira rompeu com Maia e anunciou apoio a Lira. Um integrante da ala que é contra o apoio a um nome ligado a Bolsonaro disse à reportagem que uma eventual adesão à “candidatura bolsonarista” seria “um absurdo” e racharia a oposição.


Fonte: Jovem Pan

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