O Talibã assumiu nesta segunda-feira, 9, o controle da cidade de Aybak, capital da província de Samangan, que se rendeu sem oferecer resistência. Essa se torna a sexta capital regional do Afeganistão capturada pelos insurgentes em menos de uma semana. “A cidade de Aybak caiu nas mãos do Talibã sem disparar um único tiro. Todos os membros das forças de segurança e funcionários da administração da província evacuaram a cidade”, por enquanto a capital está sob o controle talibã”, disse o representante da província na Câmara Baixa do Parlamento, Mahbuba Rahmat, à Agência de notícias EFE. Segundo ele, meses de resistência aos ataques do Talibã foram registrados, mas todas as forças pró-governamentais se retiraram nesta segunda-feira. Antes da chegada dos insurgentes, as autoridades locais libertaram todos os presos locais na esperança de que alguns deles pegassem em armas para ajudar as forças de segurança na luta contra o Talibã, o que não ocorreu.
De acordo com o principal porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, todos os escritórios do governo, incluindo a casa do governador e o quartel-general da polícia, ficaram sob o controle dos insurgentes. Analistas encaram a província de Samangan como de alta importância estratégica, já que oferece ligação direta à província de Balkh. Os talibãs postaram vídeos nas redes sociais mostrando os combatentes entrando na cidade deserta, com lojas e empresas fechadas e nenhuma resistência. Os confrontos em províncias do norte fizeram com que muitos viajassem até a capital Cabul, que está repleta de pessoas morando em parques e nas ruas. O primeiro vice-presidente do país, Amrullah Saleh, afirmou que saques, estupros e assassinatos foram registrados por parte das forças Talibã e ajuda foi requisitada à Organização das Nações Unidas. A província se rendeu um dia após o Talibã ter capturado as capitais das províncias de Sar-e-Pol, Kunduz e Takhar. Nos dias anteriores, o grupo tomou a capital da província de Jawzjan, no noroeste do país, na fronteira com o Turcomenistão, e Nimroz, no sudoeste, que faz fronteira com o Irã, um dia antes.
Fonte: Jovem Pan