O aplicativo de mensagens Telegram atendeu a determinação do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes e excluiu postagem do canal oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL), feita em 4 de agosto de 2021. A mensagem dizia: “Segue os documentos que comprovam, segundo o próprio TSE, que o sistema eleitoral brasileiro foi invadido e, portanto, é violável”. Havia quatro links na publicação, um deles o inquérito da Polícia Federal que investigava um ataque hacker. O TSE nega que o sistema tenha sido invadido e afirma que o hacker não conseguiu alterar a contagem de votos nas eleições de 2020. Além disso, a corte argumenta que é possível auditar os dados usando o extrato produzido por cada urna em cada zona eleitoral ao fim do dia de votação.
Na sexta, 19, Moraes determinou que o Telegram seja suspenso no Brasil caso as determinações não fossem atendidas; além desta, o ministro também havia ordenado que o aplicativo indicasse um representante legal no país. Uma das ordens, a de que alguns canais, como três usados pelo jornalista Allan dos Santos, fossem bloqueados por espalharem notícias falsas, já haviam sido cumprida. A situação foi criticada pelo governo federal: o próprio Bolsonaro afirmou que o bloqueio do app é inconstitucional e o ministro da Justiça, Anderson Torres, relatou que sua pasta buscava formas de fazer com que os brasileiros pudessem escolher a rede social que quisessem.