Durante live realizada nesta quinta-feira, 20, o presidente Jair Bolsonaro comentou a transmissão de trechos da CPI da Covid-19 feita pelo programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, e criticou mais uma vez o posicionamento do relator, senador Renan Calheiros (MDB), na condução da comissão. “Fiquei sabendo que o Pazuello foi muito bem, mas a CPI continua sendo um vexame nacional. Não querem saber de desvio de recurso, querem falar sobre aquele negócio que o pessoal usa para combater a malária”, criticou. Bolsonaro também chamou a CPI de “circo”, afirmou que alguns dos senadores têm sido “capitaneados” por Calheiros e, sem citar nomes, voltou a defender o uso da cloroquina, medicamento ainda sem comprovação científica, para tratar a doença. “O Brasil é o país da hipocrisia, a começar por essa CPI. Tinha vontade de voltar a ser deputado para falar o que eu penso aí. Não pega bem eu falar em especial do relator da CPI. Um vexame, ele foi realmente bem intitulado pelo senador Flávio Bolsonaro na semana passada”, afirmou.
Na última semana, Flávio, que é senador e filho do presidente, chamou Calheiros de “vagabundo” enquanto o alagoano ameaçava prender o secretário Fábio Wajngarten, que prestava depoimento à CPI. Na live desta quinta, Bolsonaro evitou disparar nomes pejorativos em relação a Renan, mas disse que todos aqueles que acompanhavam o voto do relator na CPI formavam uma “súcia” e um coletivo de “desonestos”. Bolsonaro também reconheceu o aumento nos preços no país e voltou a responsabilizar a “política do fique em casa” pelos problemas econômicos do Brasil. Ele lembrou que trabalhadores na informalidade sofrem com a pandemia, mas apontou pontos que seriam positivos na administração da crise pelo governo federal. “O emprego formal, de carteira assinada, poucos perderam. Poucos não, não houve perda de emprego. Nós terminamos 2020 com mais empregados do que em 2019, e atualmente, em 2021, temos mais de 600 mil empregos criados.”
Fonte: Jovem Pan