Torcedores do Manchester United invadem CT, protestam contra donos do clube e criticam Superliga 

Torcedores do Manchester United protestam contra a entrada do clube na Superliga

Cerca de 20 torcedores do Manchester United invadiram o centro de treinamento do clube na manhã desta quinta-feira, 22, para protestar contra a entrada na Superliga Europeia, que se enfraqueceu após a saída dos grandes da Inglaterra e a má repercussão na comunidade do futebol. Na manifestação, os revoltados torcedores da equipe inglesa pediram a saída da família Glazer, proprietária do United. “Nós decidimos quando vocês jogam” e “51% MUFC”, lembrando o modelo alemão de gestão, em que torcedores possuem a maioria das ações do clube.

Não houve danos no centro de treinamentos. Os torcedores tiraram fotos com faixas e cartazes e o único pedido foi falar com o norueguês Ole Gunner Solskjaer. O treinador do Manchester United, junto com o diretor Darren Fletcher, o ídolo e assistente técnico Michael Carrick e o meio-campista Nemanja Matic conversaram com os manifestantes antes dos mesmos serem escoltados para fora do local. Nenhuma pessoa foi presa. O protesto foi motivado pela criação da Superliga. Embora o Manchester United tenha anunciado a desistência do projeto, a torcida do time se mostra incomodada com a direção do clube há alguns anos. A família Glazer, dona também do Tampa Bay Buccaneers, time de Tom Brady e atual campeão da NFL, assumiu o time inglês em 2005.

Ontem, Joel Glazer, dono do Manchester United, emitiu uma carta pedindo desculpas aos torcedores e reconhecendo que entrar no torneio que faria oposição à Liga dos Campeões da Uefa não foi uma boa ideia. “A todos os torcedores do Manchester United, nos últimos dias, todos testemunhamos a grande paixão que o futebol gera, e a profunda lealdade que nossos fãs têm com este grande clube. Vocês deixaram muito claro a posição de vocês em relação a Superliga europeia, e nós ouvimos. Nós entendemos errado, e queremos mostrar que agora podemos fazer a coisa certa. Embora as feridas estejam abertas, e eu entendo que vai levar um certo tempo para que essas cicatrizes curem, eu estou pessoalmente comprometido em reconstruir a confiança com nossos torcedores e aprender com essa mensagem que vocês entregaram com tanta convicção. Continuamos a acreditar que o futebol europeu precisa se tornar mais sustentável a longo prazo. No entanto, aceitamos totalmente que a Superliga não era a maneira certa de fazer isso. Ao procurar criar uma fundação mais estável para o jogo, não conseguimos mostrar respeito suficiente pelas tradições profundas do futebol – e por isso nos desculpe”, diz o início da carta.


Fonte: Jovem Pan

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