As tropas russas bombardearam no último sábado, 20, uma escola de artes no no distrito de Livoberezhny, em Mariupol, na Ucrânia. Segundo o Conselho Municipal, cerca de 400 mulheres, crianças e idosos estavam abrigados no local. Sabe-se que o prédio foi destruído, e os civis ainda estão sob os escombros. O número de vítimas ainda é desconhecido”, informou o órgão. “As tropas russas fascistas continuam o genocídio do povo e dos civis ucranianos em Mariupol. Cada criminoso de guerra será responsabilizado por seus crimes contra a humanidade, contra o povo de Mariupol”, declarou o Conselho. A cidade de Mariupol está sendo fortemente atacada pelos russos nos últimos 10 dias.
Ainda de acordo com o conselho, civis estão sendo retirados do município e levados para campos na Rússia. “Os ocupantes retiraram ilegalmente pessoas do bairro da Margem Esquerda e de abrigos no prédio do clube esportivo, onde mais de mil pessoas (principalmente mulheres e crianças) se escondiam dos constantes bombardeios”. O conselho disse que os moradores foram levados para “campos de filtragem, onde os ocupantes verificavam os telefones e documentos das pessoas”. Depois, os moradores foram “redirecionados para cidades remotas na Rússia, o destino de outros permanece desconhecido”.
Pyotr Andryuschenko, assistente da prefeitura de Mariupol, afirmou ao jornal americano “The New York Times” que entre 4.500 e 5.000 residentes foram levados para a Rússia sem passaporte e contra a própria vontade. O assessor do presidente Volodymyr Zelensky, Olexij Arestowytsch, informou que o governo não tem capacidade de reforçar a defesa em Mariupol. “Não existe atualmente uma solução militar para Mariupol. Não é apenas a minha opinião, é também a opinião dos militares”, afirmou Arestowytsch. Segundo o assessor, as tropas ucranianas mais próximas estão a mais de 100 quilômetros de distância de Mariupol ou já envolvidas em combates com as forças inimigas.