Trudeau invoca poderes emergenciais para conter protestos no Canadá

Trudeau é do partido de centro-esquerda do Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, invocou a lei de emergências do país para encerrar os protestos contra medidas sanitárias liderados pelos caminhoneiros do chamado “Comboio da Liberdade”. O mecanismo, em sua forma atual, nunca havia sido utilizado antes na história do país e permite, entre outras coisas, proibir manifestações e reuniões públicas. Trudeau, no entanto, negou qualquer intenção de usar a lei para acionar os militares contra os manifestantes e afirmou que ela será temporária e “geograficamente limitada”. Há mais de uma semana o Canadá lida com as manifestações, que ocorrem na capital Ottawa, em outras cidades e também bloquearam passagens na fronteira com os Estados Unidos, o que prejudicou o comércio entre os dois países. A principal delas, a ponte Ambassador, que liga a cidade de Windsor, em Ontário, a Detroit, em Michigan, nos Estados Unidos, foi desocupada no fim de semana.

Os caminhoneiros se manifestam contra a exigência de comprovante de vacinação ou quarentena para os motoristas que atravessam para os Estados Unidos e tem que voltar. No entanto, os protestos incorporaram outras pautas contra Trudeau, como outras restrições pandêmicas e a criação de um imposto de carbono. Alguns dos manifestantes pedem a dissolução do parlamento canadense e até carregam bandeiras com suásticas nazistas. Trudeau foi criticado no Congresso por não demonstrar pulso firme para debelar os protestos e rejeitou os pedidos para usar as forças armadas, mas destacou que todas as opções estavam sobre a mesa. Na Província de Alberta, a polícia informou ter desmantelado um grupo armado e detido 11 pessoas que se preparavam para usar a violência para apoiar um bloqueio em uma passagem de fronteira.


Fonte: Jovem Pan

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