Assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Geraschenko, informou nesta quinta-feira, 24, que as tropas russas invadiram a zona de exclusão da usina de Chernobyl. O assessor da presidência, Mykhailo Podolyak, disse que essa é uma das ameaças mais sérias que a Europa enfrenta hoje e que se a Rússia continuar a guerra, Chernobyl pode acontecer novamente em 2022. Em antecipação a um possível ataque russo, as autoridades ucranianas suspenderam na sexta-feira, 18, as viagens turísticas à região de Chernobyl, um destino popular para turistas estrangeiros nos últimos anos. Gerashchenko advertiu que se os depósitos com restos radioativos forem danificados, “a poeira nuclear pode se espalhar por todo o território da Ucrânia, de Belarus e dos países da União Europeia”. A zona de exclusão de Chernobyl não é habitável e está separada do território bielorrusso pelo rio Pripyat, que dá nome à cidade onde viviam os trabalhadores da usina soviética, que é patrulhada há semanas pela Guarda Nacional ucraniana.
Em um comunicado, Geraschenko, disse que a guarda nacional, que é responsável por garantir a segurança dos depósitos radioativos, está lutando com todas as suas forças. Mais cedo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que se a Rússia atacasse Chernobyl seria uma declaração de guerra contra toda a Europa. Após a invasão russa, Mykhailo Podolyak disse que “É impossível dizer se a usina nuclear de Chernobyl está segura após um ataque totalmente sem sentido dos russos”, disse. No posto, onde anunciou que os russos tomaram controle sob Chernobyl, o Ministério das Relações Exteriores disse que essa tomada pode causar um outro desastre ecológico igual o que aconteceu em 1986 e que “se a Rússia continuar a guerra, Chernobyl pode acontecer novamente em 2022”